Angola mantém alto nível de importação de combustíveis em 2024
De acordo com dados recentes do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), mais de 70% dos combustíveis consumidos no país foram importados. Ess...
.jpg)
Apesar do ligeiro declínio nos volumes de combustíveis importados no ano passado em relação ao período homólogo, Angola continua a depender fortemente das importações para atender à demanda interna, o que torna o país vulnerável a choques externos, especificamente às flutuações cambiais, instabilidades nos mercados internacionais e problemas logísticos.
De acordo com dados recentes do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), mais de 70% dos combustíveis consumidos no país foram importados. Essa dependência deve-se à capacidade limitada da Refinaria de Luanda, que produz em volta de 65 KBPD, e ao atraso na conclusão de novos projectos de refinação, nomeadamente as refinarias de Cabinda, Soyo e do Lobito.
Em 2024, foram adquiridas 4 801 233 TM de produtos refinados para comercialização no mercado interno, representando uma queda de aproximadamente 2% face ao período homólogo. Desse total, cerca de 57% correspondem ao gasóleo, 28% gasolina, 8% fuel ordoil, 5% Jet A1, 1% asfalto e os restantes 1% o petróleo iluminante.
As importações de combustível representaram 71% do total de derivados adquiridos, enquanto a Refinaria de Luanda e a Topping Plant de Cabinda contribuíram com 28% e 1%, respectivamente.
Em termos financeiros, Angola gastou $2,9 mil milhões na compra de combustíveis em 2024, uma redução de 14% em relação ao ano anterior. Já o volume global de vendas nos segmentos retalho (B2C), consumo (B2B) e bunkering totalizou 4.876.544 TM, registando um crescimento de 4%.
No mercado de distribuição, a Sonangol Distribuição e Comercialização manteve a liderança com uma quota de 61,5%, seguida pela Pumangol com 21,9%, Sonangalp 7,4%, TotalEnergies Marketing Angola 6,5%, Etu Energias 2,4% e a Soida (operadora de betume importado e nacional), com 0,3%.
Fonte: https://petroangola.com/angola-mantem-alto-nivel-de-importacao-de-combustiveis-em-2024/